Práticas educativas promovem funções executivas em contexto de vulnerabilidade social

Fonte: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2023/07/05/praticas-educativas-promovem-funcoes-executivas-em-contexto-de-vulnerabilidade-social/

Jussara Cristina Barboza Tortella, docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

Logo do periódico Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação

Fomentada pela desigualdade e pela pobreza, a vulnerabilidade social pode impactar negativamente na vida humana. As crianças que crescem em contextos vulneráveis podem ter conexões neurais menos fortalecidas em áreas cerebrais que envolvem consciência, julgamento e ética. Nesse sentido, ser pobre, ou socialmente vulnerável, não faz referência apenas a fatores financeiros, mas também à falta de diversas instâncias como precariedade ou inexistência de recursos como Educação, permanência na escola, saúde, alimentação, sono, ambiente saudável, dentre outros.

Avanços da neurociência indicam que tais consequências ganham novos contornos quando há estímulos para o cérebro em construção. A busca pela compreensão da aprendizagem e do desenvolvimento infantil sob os impactos da vulnerabilidade social é um fato recente que se destaca com maior evidência nas últimas décadas do século XX.

O artigo Segura sua mão na minha: uma conexão entre neurociência e Educação publicado no periódico Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação (vol. 31, no. 119, pp. 1-25) retrata uma pesquisa que buscou compreender as possibilidades para melhorar o desempenho da aprendizagem em um contexto escolar de alta vulnerabilidade social por meio de práticas pedagógicas que desafiem as funções executivas.

Para a compreensão da temática principal da pesquisa, as autoras inicialmente realizaram um levantamento bibliográfico com os descritores – neurociência, aprendizagem, Ensino fundamental, práticas pedagógicas, pobreza, vulnerabilidade social, metodologias ativas, funções executivas e estratégias de Ensino – chegando a 60 estudos, sendo que apenas sete eram brasileiros, o que reforçou a pertinência da pesquisa. Estudos atuais sobre os temas vulnerabilidade social e pobreza, neurociência e educação, práticas pedagógicas são apresentados e discutidos na parte teórica do artigo.

A pesquisa, apresentada de forma didática, engloba três estudos interrelacionados, envolvendo formação docente, análise de habilidades do funcionamento executivo e das práticas pedagógicas. Sob o olhar de duas professoras polivalentes, foi analisada, no primeiro estudo, o desempenho da aprendizagem de 60 crianças participantes de 2 turmas do 3º ano do Ensino Fundamental I. Neste tópico o leitor poderá acompanhar o processo de formação das docentes, bem como a elaboração de um instrumento avaliativo construído de forma coletiva.

No segundo estudo temos descritos um instrumento para as avaliações (inicial e final) destinado à análise do processo de aprendizagem e das funções executivas e o processo de intervenção norteado por eixos que consideravam desafios com exercícios físicos, brincadeiras de rua, jogos de tabuleiro, rodas de conversa, meditação, atividades artísticas, labirintos, cruzadinhas, jogos cooperativos, jogo humano de damas, jogos digitais, enigmas e charadas (DIAMOND, LING, 2016; NCPI, 2016).

Por fim, o terceiro estudo ocorreu no período do advento do novo coronavírus, sendo que as pesquisadoras e os participantes da pesquisa buscaram a compreensão de possibilidades de melhoria para o desempenho da aprendizagem por meio de práticas que pudessem, também naquele momento, desafiar as funções executivas com foco nas metodologias ativas, a partir de aulas de forma remota. Neste tópico são retratados desafios e avanços, bem como a elaboração de um novo instrumento avaliativo, adequado às necessidades daquela realidade.

Em geral, os resultados dos três estudos sugerem que desafiar habilidades para a aprendizagem de uma criança pode implicar a sua capacidade em lidar com situações adversas dos ambientes vulneráveis, o que, por sua vez, pode modificar sua trajetória de vida.

Referências

DIAMOND, A. and LING, D.S. Conclusions about interventions, programs, and approaches for improving executive functions that appear justified and those that, despite much hype, do not. Developmental Cognitive Neuroscience [online]. 2016, vol. 18, pp. 34-49 [viewed 5 July 2023]. https://doi.org/10.1016/j.dcn.2015.11.005. Available from: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1878929315300517

NCPI. Núcleo Ciência pela Infância – Comitê Científico. Funções executivas e desenvolvimento na primeira infância: habilidades necessárias para a autonomia. São Paulo: Fundação Maria Cecílaia Souto Vidigal, 2016.

Para ler o artigo, acesse

KOIDE, A.B.S. and TORTELLA, J.C.B. Segura sua mão na minha: uma conexão entre neurociência e Educação. Ensaio: aval. pol. públ. educ. [online]. 2023, vol. 31, no. 119, e0233805 [viewed 5 July 2023]. https://doi.org/10.1590/S0104-40362023003103805. Available from: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/tgWJnRWc8sgkVFtCDSWGPfS/

Links externos

Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação – ENSAIO: https://www.scielo.br/ensaio

A Educação e os impactos da Covid-19 nas aprendizagens escolares

10.1590/S0104-40362022004000001

Érika Dias e Mozart Neves Ramos

https://www.scielo.br/j/ensaio/a/LTWGK6r8n6LSPPLRjvfL9qs/…

Nesse retorno à normalidade, buscamos aqui refletir sobre a Educação e a aprendizagem por conta do muito que se perdeu durante o período mais crítico da Covid-19 no Brasil e no mundo e o que é preciso fazer para reverter tais perdas. Ainda antes da pandemia, já se sabia sobre o grande esforço que o Brasil necessitava fazer no campo educacional para reverter os baixos índices de aprendizagens escolares, a fim de alcançar todos os alunos, em função dos elevados níveis de desigualdade. Posto isso, buscamos aqui refletir sobre a Educação e a aprendizagem, por conta das perdas, que foram acentuadas durante o período pandêmico. Para tal, vamos refletir sobre a noção de Educação, noção esta que pode ser muito ampla e que permite interpretações diversas – com práticas também diversas-, e da aprendizagem, tão necessária nesse “novo normal” quando já se é possível vislumbrar o fim da pandemia.

Segundo nosso entendimento, a Educação pode ser vista como uma prática social que tem como objetivo o desenvolvimento do ser humano, das suas competências e de suas potencialidades. Também pode ser vista como um direito, um direito fundamental que permeia e interfere no desenvolvimento humano por meio do Ensino e da aprendizagem, buscando potencializar a capacidade intelectual do ser humano. Ou ainda, a Educação pode ser vista como um processo, um processo único de aprendizagem associado à escola, à família e à sociedade. Se aceitarmos que a Educação é uma prática social, deliberada, submetida à permanentes questionamentos e conduzida a finalidades coletivamente instituídas, aceitaremos também que a prática da Educação é acompanhada por uma intensa atividade investigativa, de exame e reflexão. A Educação é o processo social que leva o ser humano a reconhecer, buscar, instaurar, hierarquizar os valores de modo a aprimorar-se como sujeito integrante da sociedade. E, se for entendida como processo de aperfeiçoamento e de humanização do sujeito, a Educação será sempre considerada como fundamental e indispensável….

Leia o restante em:

10.1590/S0104-40362022004000001

Ensaio 117

A última revista do ano já está no Scielo!

Para acessar a revista clique em:

https://www.scielo.br/j/ensaio/i/2022.v30n117/

Refletindo sobre todos esses temas, o novo número da Ensaio, traz no seu bojo, artigos sobre avaliação, aprendizagem, financiamento, Educação para cidadania, Educação como direito social, políticas públicas para jovens, internacionalização do Ensino Superior, justiça social, gestão educacional e o papel da Arte na escola.

O primeiro bloco de artigos, trata, respectivamente, da avaliação educacional no Brasil, da Educação para cidadania, das práticas avaliativas e das políticas públicas para a juventude.

Faz parte da tradição editorial da Ensaio, o intercâmbio acadêmico no âmbito nacional e internacional, em que as vivências e as experiências de outros espaços escolares auxiliam na compreensão do nosso contexto educacional. Desta feita, no segundo bloco de artigos, temos as pesquisas que tratam do gasto público com a Educação, a Educação Superior no Canadá, e políticas de internacionalização do Ensino Superior no México e no Brasil.

Refletindo a política de pluralidade temática da revista Ensaio, apresentamos o terceiro bloco de textos, no qual temos artigos que analisam percursos e trajetórias de gestores, programa de avaliação na Educação básica, o conceito de Educação para a transição emancipatória e como a Educação Musical nas escolas auxilia na aprendizagem do respeito.

Boa leitura!

XII Conversa com o autor

Ontem, dia 13 de setembro, a revista Ensaio, depois de três anos de pandemia, realizou mais um evento: a Conversa com o Autor. Desta feita, contamos com as professoras Menga Lüdke da PUC-RJ e Ana Ivenicki da UFRJ para dialogar com o público sobre o artigo publicado na Ensaio 116, Teoria e prática na formação de professores: Brasil, Escócia e Inglaterra, disponível no Scielo:

https://www.scielo.br/j/ensaio/a/kzRxZ6gdTBGSbrxJbZn8vrs/?lang=pt

O diálogo da professoras eméritas com o público foi muito proveitoso, temas como currículo de pedagogia, formação de professores no Brasil, Escócia, Inglaterra, pesquisa e formação profissional foram discutidos com professores, alunos e pesquisadores da área da Educação na sala anexa ao Teatro Cesgranrio no campus da Fundação no Rio Comprido.

O evento foi realizado pela revista Ensaio, com o patrocínio da Fundação Cesgranrio e com o apoio da FAPERJ.

Dilemas e Perspectivas Internacionais na Formação de Professores

Ana Ivenicki, PhD em Educação pela University of Glasgow, Professora Emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, Pesquisadora 1A do CNPq, Editora Associada da Revista Ensaio/Fundação CESGRANRIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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A formação de professores tem sido frequentemente tensionada por ideias que apontam a importância ora da teoria, ora da prática em sala de aula. Embora de relevância, tais discussões podem se beneficiar de estudos que analisem como o currículo de formação docente tem lidado com tais tensões, seja no Brasil ou no exterior, de modo a buscar perspectivas inovadoras que possam acompanhar os futuros professores no trajeto teórico-prático de seu preparo.

Leia mais em https://humanas.blog.scielo.org/blog/2022/08/12/dilemas-e-perspectivas-internacionais-na-formacao-de-professores/#.YyCmjXbMKUl

O papel da Autoestima e Motivação na promoção aprendizagem on-line de mulheres reclusas

Rita Barros, Professora Coordenadora no Instituto Piaget, Portugal. Investigadora na Universidade do Porto, Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Porto, Portugal, e no Instituto Piaget, Unidade de Investigação em Educação e Intervenção Comunitária, Vila Nova de Gaia, Portugal.

Angélica Monteiro, Investigadora Integrada na Universidade do Porto, Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Porto, Portugal.

Carlinda Leite, Professora Catedrática na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação Universidade do Porto. Investigadora Sênior na Universidade do Porto, Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Porto, Portugal.

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O artigo Autoestima e motivação para aprender on-line: o caso de mulheres reclusas, centrado na Educação de Adultos, enquadra-se no paradigma da Aprendizagem ao Longo da Vida e foca condicionantes que existem para a população prisional, em especial para as mulheres reclusas. Apesar de ser reconhecida a importância da Educação na reabilitação das populações reclusas (Manger et al., 2019), barreiras disposicionais, a autoestima e a motivação para aprender condicionam o envolvimento em atividades de formação.

O acesso a recursos digitais e à Internet e a implementação de projetos em e-learning têm revelado resultados encorajadores no que diz respeito às possibilidades para ultrapassar algumas barreiras (Schuller, 2009). Para conhecer os níveis de autoestima e a motivação para o envolvimento em atividades de aprendizagem, na sua relação com outras variáveis que lhe estão associadas (como a idade, tempo de reclusão e duração da pena), foi realizado um estudo descritivo-correlacional, com um grupo de 12 reclusas, em cumprimento de pena, numa população de 306 mulheres em privação de liberdade num Estabelecimento Prisional Feminino português.

Leia mais em https://humanas.blog.scielo.org/blog/2022/07/21/o-papel-da-autoestima-e-motivacao-na-promocao-aprendizagem-online-de-mulheres-reclusas/#.YyCcwnbMKUl

A avaliação educacional na produção científica vista por meio de análise de redes sociais

Alvaro Chrispino, Doutor em Educação pela UFRJ, Professor Titular Sênior do Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Educação do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), Bolsista de Produtividade em Educação do CNPq, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Luiz Ney d’Escoffier, Tecnologista. Fundação Oswaldo Cruz. Doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Educação do CEFET-RJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Camila Cristina Gomes Ferreira de Oliveira, Analista de Sistemas. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Doutora em Ciência, Tecnologia e Educação pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Lívia da Fraga Lima, Doutoranda em Engenharia de Produção e Sistemas, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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A avaliação é um tema amplo e complexo. Amplo porque está intimamente ligado aos diversos setores da sociedade contemporânea. Os cidadãos se relacionam com ele de formas distintas, desde a avaliação profissional a que estamos sujeitos até a avaliação de aprendizagem em todos os níveis. Estamos submetidos ao processo avaliativo ou somos expostos ao resultado das avaliações.

É complexo, porque há inúmeras variáveis e atores sociais envolvidos nos “fatos” que solicitam a avaliação; na elaboração, aplicação e análise da avaliação de diversos tipos e nas “consequências” dos resultados dos processos avaliativos.

Em educação, o tema é especialmente importante. Há momentos em que atuamos como sujeitos da avaliação – na fase de alfabetização (Avaliação Nacional de Alfabetização), no Ensino Fundamental (Prova Brasil ou Sistema de Avaliação da Educação Básica – Saeb), na conclusão do Ensino Médio e da Educação Superior (Exame Nacional do Ensino Médio – Enem e Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – Enade) e, por fim, como alunos das pós-graduações (avaliações quadrienais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes). Em outros momentos, atuamos como atores sociais e observadores da avaliação como mensuração de competências gerais: o ranking do Enem, o ranking do Enade, o ranking do Programme of International Student Assessment (Pisa), o ranking da Pós-Graduação etc.

Por conta do impacto e relevância da avaliação educacional, o artigo A avaliação educacional na produção científica vista por meio de análise de redes sociais, publicado na Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 2022, vol. 30 (115), analisou a produção científica brasileira relacionada ao tema por meio de busca na rede de SciELO. Para tal, utilizou as palavras-chave “avaliação educacional” ou “avaliação da Educação” para todos os índices (periódico, resumo, título, ano e autor), sem recortes temporais ou outras restrições. A amostra obtida alcançou 19 anos (1998-2017), 49 revistas, 174 artigos, 440 autores, 290 palavras-chave e 4.283 referências e foi submetida a software de Análise de Redes Sociais, buscando as centralidades de grau, de proximidade e intermediação.

Leia mais em https://humanas.blog.scielo.org/blog/2022/05/13/a-avaliacao-educacional-na-producao-cientifica-vista-por-meio-de-analise-de-redes-sociais/#.YyCbtnbMKUl

Dilemas e Perspectivas Internacionais na Formação de Professores

Ana Ivenicki, PhD em Educação pela University of Glasgow, Professora Emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, Pesquisadora 1A do CNPq, Editora Associada da Revista Ensaio/Fundação CESGRANRIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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A formação de professores tem sido frequentemente tensionada por ideias que apontam a importância ora da teoria, ora da prática em sala de aula. Embora de relevância, tais discussões podem se beneficiar de estudos que analisem como o currículo de formação docente tem lidado com tais tensões, seja no Brasil ou no exterior, de modo a buscar perspectivas inovadoras que possam acompanhar os futuros professores no trajeto teórico-prático de seu preparo.

O artigo Teoria e Prática na Formação de Professores: Brasil, Escócia e Inglaterra (Revista Ensaio, vol.30, n. 116, 2022) se debruça sobre dados obtidos em estudos qualitativos, de inspiração etnográfica, desenvolvidos pelas autoras na Inglaterra e na Escócia, com entrevistas com atores de duas instituições de renome, bem como observação de aulas teóricas e estágios supervisionados, trazendo reflexões sobre dilemas da formação de professores em perspectivas internacionais, analisando a relação teoria e prática (LÜDKE & Scott, 2018; NÓVOA, 2019; WHITTY & FURLONG, 2017), valorizando a pluralidade dos sujeitos (IVENICKI, 2018; MOREIRA, 2021) e enfatizando o papel da pesquisa na formação docente.

De fato, a partir dos estudos empreendidos, observa-se que, enquanto a Inglaterra tem enfatizado perspectivas práticas, de imersão de futuros professores na realidade das escolas, aparentemente menosprezando o componente teórico, na Escócia um equilíbrio maior é conseguido, principalmente no curso de Bachelarado em Educação (B.Ed).

Neste último caso, o componente do estágio supervisionado é abordado de forma articulada à parte teórica, de forma paulatina, com potenciais para que pensemos sobre o nosso contexto, assim como novas experiências brasileiras, desenvolvidas em instituições formadoras, que são mencionadas no artigo.

Leia mais em https://humanas.blog.scielo.org/blog/2022/08/12/dilemas-e-perspectivas-internacionais-na-formacao-de-professores/#.YyCTiHbMKUl

O papel da Autoestima e Motivação na promoção aprendizagem on-line de mulheres reclusas

Rita Barros, Professora Coordenadora no Instituto Piaget, Portugal. Investigadora na Universidade do Porto, Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Porto, Portugal, e no Instituto Piaget, Unidade de Investigação em Educação e Intervenção Comunitária, Vila Nova de Gaia, Portugal.

Angélica Monteiro, Investigadora Integrada na Universidade do Porto, Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Porto, Portugal.

Carlinda Leite, Professora Catedrática na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação Universidade do Porto. Investigadora Sênior na Universidade do Porto, Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Porto, Portugal.

Logo do periódico Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação

O artigo Autoestima e motivação para aprender on-line: o caso de mulheres reclusas, centrado na Educação de Adultos, enquadra-se no paradigma da Aprendizagem ao Longo da Vida e foca condicionantes que existem para a população prisional, em especial para as mulheres reclusas. Apesar de ser reconhecida a importância da Educação na reabilitação das populações reclusas (Manger et al., 2019), barreiras disposicionais, a autoestima e a motivação para aprender condicionam o envolvimento em atividades de formação.

O acesso a recursos digitais e à Internet e a implementação de projetos em e-learning têm revelado resultados encorajadores no que diz respeito às possibilidades para ultrapassar algumas barreiras (Schuller, 2009). Para conhecer os níveis de autoestima e a motivação para o envolvimento em atividades de aprendizagem, na sua relação com outras variáveis que lhe estão associadas (como a idade, tempo de reclusão e duração da pena), foi realizado um estudo descritivo-correlacional, com um grupo de 12 reclusas, em cumprimento de pena, numa população de 306 mulheres em privação de liberdade num Estabelecimento Prisional Feminino português.

Leia mais em https://humanas.blog.scielo.org/blog/2022/07/21/o-papel-da-autoestima-e-motivacao-na-promocao-aprendizagem-online-de-mulheres-reclusas/#.YyCR2HbMKUl